A Inteligência Artificial está ai: e agora?

Uma das questões que tem sido amplamente discutida nas minhas conversas com alguns líderes, bem como em diversos eventos que tenho ido, é o impacto da Inteligência Artificial (IA) na nossa forma de trabalhar, gerenciar equipes e executar tarefas

Acredito que a IA tem o potencial de revolucionar a maneira como as empresas operam, impulsionando a eficiência e a inovação. Quando utilizada corretamente, ela pode ser a chave para desbloquear insights valiosos, otimizar processos e melhorar a tomada de decisões. Inclusive, segundo a revista Você S/A, de acordo com uma pesquisa da McKinsey, estima-se que a IA poderia somar mais de US$ 4 trilhões à economia mundial, decorrentes de aumento de produtividade. No entanto, é essencial que os líderes entendam que a IA não é uma solução mágica, mas sim uma aliada que requer sabedoria e cuidado em sua implementação. Um dos principais desafios é encontrar a harmonia entre o seu uso e a preservação do toque humano. Embora a tecnologia seja capaz de automatizar muitas tarefas repetitivas, os líderes devem lembrar que o verdadeiro poder da IA está em liberar o potencial criativo das equipes, permitindo que se concentrem em atividades de maior valor agregado. A liderança também precisa estar atenta ao desenvolvimento de algoritmos imparciais e garantir que os dados utilizados sejam confiáveis e protegidos. A privacidade dos clientes e colaboradores é uma responsabilidade que não pode ser negligenciada. É preciso que os líderes compreendam que a IA não deve ser uma ameaça à privacidade, mas sim uma forma de fortalecer a confiança e a segurança.

Além disso, os líderes devem estar dispostos a investir no desenvolvimento de habilidades em suas equipes para que elas possam interagir da melhor forma com a tecnologia. A capacidade de se reinventar e aprender continuamente é, sem dúvida, um diferencial competitivo nessa nova era. A IA não substitui o fator humano, mas sim o potencializa. É preciso encontrar o equilíbrio entre a automação de tarefas e a valorização das habilidades únicas que cada indivíduo traz à organização. Líderes e times precisam demonstrar que estão abertos a aprender com os erros e a se adaptarem rapidamente às novas descobertas. Encarar a IA como uma oportunidade de crescimento e não como uma ameaça é a chave para uma liderança bem-sucedida. Enfim, será cada vez mais necessário que as empresas e suas lideranças promovam a cultura do lifelong learning, ou seja, aprendizado contínuo. IA não é uma moda que já vai passar. Ela veio para ficar e eu acredito, mesmo, que ela pode contribuir, e muito, para melhorar a nossa vida pessoal e profissional, nos tirando de tarefas meramente repetitivas e deixando espaço para usarmos todas as competências primordialmente humanos, para sermos mais humanos no que é preciso.

Até a próxima!

Colunista:

Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial e Pós graduada em Neurociências e Comportamento. Com 29 anos de experiência, sendo mais de 12 anos em posições de liderança. Professora na Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra (ACADEPOL), FGV e IBMR-RJ. Mentora de líderes e times e Palestrante. Analista Comportamental DISC, Practitioner em PNL e em Psicologia Positiva, fundadora da Inspirare Desenvolvimento e Consultoria.

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