Pequena África ganha roteiro especial da Riotur no Mês da Consciência Negra

No mês em que o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, a Riotur reforça o papel histórico da Pequena África como um dos territórios culturais mais importantes do país. Localizada na Zona Portuária do Rio, a região concentra marcos fundamentais da formação da sociedade brasileira e oferece um percurso que une memória, resistência, religiosidade, música, arte e gastronomia.

Largo Prainha © | Alexandre Macieira.

O roteiro proposto destaca pontos emblemáticos como o Cais do Valongo, reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO por sua relevância na história da diáspora africana. Complementam a experiência lugares como a Pedra do Sal, berço do samba; o Largo de São Francisco da Prainha, onde rodas, bares e movimentos culturais mantêm tradições vivas; e o Muhcab — Museu da História e da Cultura Afro-brasileira, dedicado à preservação e difusão da memória negra no Rio.

Pretos Novos | Alexandre Macieira.

O circuito também inclui espaços de grande potência social, como o IPN – Instituto de Pesquisa e Memória do Pretos Novos, e a Casa da Tia Ciata, símbolo da resistência e do protagonismo feminino na formação do samba carioca.

BAFO © | Alexandre Macieira.

Além disso, restaurantes e coletivos culturais da região reforçam a gastronomia afro-brasileira como parte da experiência turística, conectando sabores, tradições e identidade.

Para o presidente da Riotur, Bernardo Fellows, divulgar o território é fortalecer o turismo com responsabilidade histórica:

Jardim Valongo © | Alexandre Macieira.

“A Pequena África é um dos territórios culturais mais potentes do Rio e do Brasil. Valorizá-la é reconhecer a contribuição afro-brasileira na construção da nossa cidade e ampliar a experiência do visitante com impacto direto para a comunidade local.”

O roteiro completo, disponível no site da Riotur, reúne opções de visitas guiadas, centros culturais, museus, coletivos da região e estabelecimentos gastronômicos que mantêm viva a herança afro-brasileira. A proposta é que o percurso ultrapasse a agenda de novembro, convidando cariocas e turistas a conhecer e respeitar esse território durante todo o ano, fortalecendo políticas de memória e turismo sustentável.